Melancolia

 Estou normal comigo mesmo, até que bate a melancolia... não, não bate, arromba. A melancolia chega sem avisar, derruba meus motivos de sorrir e me dá novos para chorar, sem eu sequer saber a causa, tudo o que é belo se oculta, vejo o que é de mais sujo e só isso, coloco em minha cabeça que estou triste e sem questionar acredito nisso, fecho todas as páginas das redes-sociais, me privo de qualquer coisa que tenha humanos, pois quando estou assim o podre deles salienta-se, reclamo até do penteado do careca.

 Vem uma nova fase da melancolia, a fase em que depois de odiar tudo e a todos, começo a odiar-me, entro em uma crise existencial, a vontade de suicídio sempre vem à tona, vem acompanhada da minha consciência que diz-me que não devo fazer e diz-me que devo ao mesmo tempo, aí começa uma discussão interna dizendo-me o porquê devo fazer e o porquê não devo, um fala das coisas boas, outro das ruins. Tenho o oposto de eu mesmo dentro de mim, entramos em conflito e fico assim.

 Dou uma pausa para jantar, pós janta a melancolia some, não que meu mal fosse fome, mas que comida é um bom argumento para não cometermos suicídio, isso é.
 Tenho uma unica vida, não me iludo com uma próxima, prefiro continuar com meus jogos, filmes, séries, amigos, comidas, bebidas e outras coisas magnificas da vida, continuar batalhando para não deixar a melancolia oculta-los toda vez que decide aparecer, continuar batalhando para não deixar a melancolia ocultar aquilo que me dá motivos para viver.

2 comentários:

  1. " Tenho o oposto de eu mesmo dentro de mim, entramos em conflito e fico assim." Adorei essa frase

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  2. Sou médico na área de psiquiatria e trabalho à noite na Vila Sésamo, seu diagnóstico é bipolaridade. Você deve tomar Dipirona e Diazepam misturados na caipirinha. E ao comprar, não leia a bula, pois o processo é lento e o bagulho é doido. Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. (de preferência continue doente, mas não gaste dinheiro!)

    Atenciosamente, um judeu chamado Jacobson.

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